quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Milagre do Manto - por Nelson Rodrigues



Nelson Rodrigues foi o tricolor mais rubro-negro que se tem notícia e como poucos escribas soube traduzir o espírito Flamengo que tanto nos arrebata em paixão.

Que essa energia cósmica de mil megatons do Manto Rubro-Negro seja incorporada hoje por nossos guerreiros para atingirmos o nosso obejtivo, a vitória. Mas do que nunca, nosso lema, tanto na Liberta quanto na luta pelo Tetra carioca, é: vencer, vencer, vencer...

SRN!

O sujeito que não acredita em milagre é capaz de tudo. Basta ver-lhe a face espessa, o riso encharcado de saliva, o ríctus alvar e, em suma, toda uma inestancável estupidez a escorregar-lhe da figura abominável. É susceptível dos piores sentimentos. E conheci um que não respeitava nem as cunhadas! Quanto a mim, com satisfação o confesso: – acredito piamente em milagre. Ou por outra: – só acredito em milagre.
A meu ver o fato normal, o fato lógico, o fato indiscutível merece apenas a nossa repulsa e o nosso descrédito. É preciso captar ou, melhor, extrair de cada acontecimento o que há, nele, de maravilhoso, de inverossímil e, numa palavra, de milagre. E não vejo como se possa viver e sobreviver sem esse milagre.
A rigor só há, em campos brasileiros, um único e escasso milagre, qual seja o da camisa rubro-negra. De fato, o que se sucede com a camisa do Flamengo desafia e refuta todas as nossas experiências passadas, presentes e futuras. Vejam vocês: – uma camisa que só falta dar adeusinho e virar cambalhota. Quando o time não dá mais nada, quando a defesa baqueia, e o ataque soçobra, vem a camisa e salva tudo. Diante dela, todos se agacham, todos se põem de cócoras, todos babam de terror cósmico. E vamos e venhamos: – como resistir a uma camisa que tem suor próprio, que transpira sozinha, que arqueja, e soluça, e chora? O Flamengo só perde quando não põe para funcionar o milagre da camisa. O milagre do seu Manto Sagrado.
Nelson Rodrigues

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Um Rio de dor e de insensatez




O que era para ser um meio de semana festivo com o jogão do Flamengo pela Libertadores contra o time chileno "LA U", certamente com um Maracanã lotado, acabou se transformando em dias de anunciadas tragédias. Dezenas de vítimas fatais já confirmadas, uma cidade em caos e, pasmem, uma partida de futebol internacional realizada em meio ao horror.

É o Rio de tantos encantos transformado num Rio de dor (população) e de insensatez (autoridades). Definivamente não havia clima para o jogo desta quinta-feira e talvez até para as semifinais do estadual no fim de semana. A pergunta, até agora sem uma resposta convincente, é: por que não foi simplesmente adiado para outra data? Possibilidade de punição ao Flamengo por parte da COMEMBOL? Dane-se a entidade com os seus insensiveis burrocratas incapazes de separar interesses pequenos dos interesses maiores, que tratam da vida humana. Fenômenos naturais (nem tão naturais por serem culpa do homem)estão cada vez mais frequentes em todo o planeta. A vida não pode parar, mas também não podemos ficar gelados diante da dor alheia.

Todos erraram feio: os gevernos municipal e estadual, a FERJ, a COMEMBOL e, infelizmente, também o nosso amado Clube de Regatas do Flamengo. Atitude estranha para um clube protagonista de tantas ações sócio-esportivas visando o bem-estar e a valorização do ser humano, traduzida numa gloriosa história com 114 anos de lutas memoráveis. Que fique a lição dessa "derrota" fora de campo. E que venham as vitórias nos gramados, quadras, mares, piscinas e tatames, como alento a tanta tristeza.

Flamengo Eternally.

SRN!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Vai recomeçar a festa




Nosso ligadíssimo mestre Tromba foi ao cerne da questão: o ano rubro-negro começa neste 07 de abril. É o fim do tédio pra magnética. Joguinhos-treinos enfadonhos só na pré-temporada 2011. Foi preciso o deus Zico meter bronca para a esquisitona dona FERJ se tocar que o carioquinha com mais de dez times é forçar o torcedor a não gostar de futebol. E Rei não opina, ordena. Afinal, estádio sem o povão só pode ser comum pras bandas de Engenho de Dentro durante os jogos do time da estrela solitária (bota solitária nisso!) com a constante ausência da sua anônima torcida. Não dá é pra querer impor essa ditadura da arquibancada vazia a todos os participantes do certame. Ainda mais numa competição que só figura entre as maiores do país por conta da triunfante presença do gigante da Gávea com a sua exigente e colossal massa. Menos times, ingressos mais baratos e canja de galinha não farão mal algum ao “mais charmoso”.

Antes de chegar ao assunto mais relevante, não posso deixar de relatar a minha frustração de o Vice da Gama não estar logo garantido na finalíssima. É um freguês menos chato e dá um pouquinho mais de brilho às nossas conquistas. Porque sente prazer em perder para o Mengão ou porque se transformou num ex-grande a menos tempo do que o Chorafogo? Fico com as duas repostas. Mas o jogo é jogado e o timinho da horripilante camisa modelo Klu Klux Klan conseguiu se superar nas marmotas perdendo a decisão do turno e agora terá de se contentar em ver a sua “vicehegemonia” ser tomada de vez pelo time não-ganha-nada-de-importante-há-séculos. Parênteses. A TV mostrou, havia mais gente no aeroporto dos Guararapes recebendo o Santinha da série “D” do que tinha de cachorrada no Vazião. E olha que valia vaga para as quartas de finais da Copa do Brasil. Imagina então mais uma final contra eles? Com certeza será a parte mais difícil na pré-conquista do Tetra, ter de tolerar por dois finais de semana o compulsivo e apavorante choro dos fantasmas das arquibas.

Por enquanto, o que realmente interessa nesse momento é o jogo contra “La U” para voltarmos à liderança do grupo. A ressaca do Hexa já foi devidamente curada pelo chá de boldo dos joguinhos-sem-graça e fofocas na imprensa. O chopp do bom futebol e das vitórias emocionantes será liberado a partir de amanhã. E mesmo desejando o fim do auto-exílio na reserva do nosso herói Gergelim nesse próximo jogo, o não-marca-ninguém do Kléberson sacado da titularidade e também não entendendo porque não se faz o óbvio, ou seja, entrar de cara com o velho craque pra dar mais qualidade ao último passe e substituí-lo no segundo tempo pelo cheio-de-gás jovem promissor dando mais velocidade aos contra-ataques liderados pelo Império dos gols... bem, não vou nem me aprofundar nesses assuntos porque o nosso técnico está com tudo dominado. Assim espero. Até porque as orelhas do Andrade a essa altura estão queimando com o eco dos corneteiros. Melhor ficar só na torcida pra tudo ocorrer conforme reza a nossa tradição: esculacho geral na Liberta e no Carioquinha.

Agora é com a magnética, todos os caminhos levam ao majestoso templo rubro-negro nessa noite de quarta-feira. Embalamos nosso escrete na epopéia do Hexa e faremos o mesmo na reconquista da América. Vamos lá Nação Inflamável, o Maraca é nosso, vai recomeçar a festa!

SRN e até a vitória, se Deus quiser!

Ps: O texto foi escrito na madrugada do dia 06 e postado logo cedo, portanto, antes de ver as matérias sobre o dilúvio no Rio. Vamos aguardar os próximos acontecimentos pra saber se vai acontecer ou não o jogo pela Libertadores nesta quarta. E rezar pra que não haja mais vítimas com as chuvas.

Luiz Hélio é Flamengo, poeta e jornalista.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Mais um Imperador na Gávea: Cesão, O maior das piscinas



Cumprindo a tradição de clube poliesportivo multicampeão, o Flamengo contratou o maior atleta da história da natação brasileira: o campeão olimpíco e recordista mundial dos 50m e 100m livres, César Cielo. Mais um grande herói envergando o manto rubro-negro. Parabéns à sensitiva e audaciosa empreitada da Patrícia Amorim que com muito êxito nos presenteia com mais um grande atleta nos quadros esportivos do Mengão. Seja bem-vindo Cesão, antes você tinha muitos fãs, agora tem toda uma Nação apaixonada e rubro-negra exaltando o teu nome e te elevando ainda mais às alturas. Ave, César! SRN.

terça-feira, 30 de março de 2010

O Fim do "Chinelinho"


Foto: Fé no hexa: Maraca no maravilhoso dia 06 de dezembro de 2009.

Blog Mengo Meu Dengo

No ano de 2007 iniciei uma série de crônicas intitulada Mengo Meu Dengo – Uma paixão que também arde na arte, mediante coluna postada semanalmente no site Flamengo RJ, um dos espaços virtuais mais visitados pela nação rubro-negra. Foi quando a Marilene Dabus, então assessora da presidência do CRF, fez contato e gentilmente começou a postar as crônicas no site oficial do Flamengo, além de distribuir pela sua enorme lista de contatos. A partir daí abriu-se um ciclo de novas amizades com irmãos de fé rubro-negra de todo o país.

Um artigo sobre a importância da revitalização da sede da Gávea (tema sempre em pauta na gestão Márcio Braga) resultou num tocante agradecimento do então mandatário do clube e teve postagem na página oficial do projeto, honrosamente junto a depoimentos de ilustres rubro-negros a favor da revitalização, cujo título era: Revitalizar para Reabilitar. Outros importantes blogs da nação postaram algumas crônicas, como o Flamengo Eternamente, FlamengoNet e o famoso Urublog, do Arthur Muhlenberg, na página do torcedor no globoesporte.com

Da net para as ondas do rádio

Diante da grande repercussão das crônicas, surgiu a ideia de transformar MMD também em programa de rádio. E em 19 de abril de 2009, dia do meu aniversário e um domingo no qual o Mengo venceria a Taça Rio em cima do Foguinho, estreamos na Rádio Cidade AM de Juazeiro/BA numa produção da Embaixada FLA-Juazeiro. Logo a galera das embaixadas e demais flamigos espalhados por todo o Brasil que acompanhavam a coluna, também passaram a ouvir o programa via web e conseguimos uma audiência verdadeiramente nacional, tal qual a magnética nação.

Diante da necessidade de atingir um público maior e mais diversificado no Vale do São Francisco, MMD passou a ser apresentado aos sábados à tarde na Transamérica FM. Sendo que a audiência pela net continua a mesma, agora através do site www.portaltransamerica.com.br

O fim do “chinelinho”

Por conta da correria do trabalho e também do programa, acabei deixando as crônicas um pouco de lado. O que resultou em muitas “cobranças” de alguns bons flamigos, os quais me acusaram de estar sendo muito “chinelinho” (alcunha dirigida aos boleiros que vivem entregues aos DMs dos clubes), risos. Mas agora as crônicas fla-ufanistas estão de volta semanalmente aqui no blog, que ainda terá resenhas diárias sobre tudo o que gira em torno da galáxia Flamengo.

Acabou chorare. É o fim do “chinelinho” de Luiz Hélio com MMD.
Leia, comente, critique, elogie, divulgue. SRN!

Ps: Special thanks ao grande brother Fabrício Cypreste, competente webdesigner e presidente da Embaixada FLA-Vitória/ES, pelo belo trabalho na construção desse blog e do site da Embaixada FLA-Juazeiro/BA. Mais ainda, pela amizade e comunhão de fé rubro-negra.

Em defesa da alegria de ser Flamengo




FOTO: (Embaixadas FLA-Juazeiro, FLA-Bahia e FLA-Irecê no centro do Rio antes do jogo do Hexa)


Em defesa da alegria de ser Flamengo, busco traduzir nesse instante o que representa essa alegria entre um intervalo e outro de um jogo de 90 minutos, onde a mesma pode ser transformada em tristeza, frustração, raiva... e até no mais nefasto dos sentimentos humanos, o ódio. Em se tratando de Flamengo — símbolo maior do futebol nacional — o que de fato traduz a alegria é o arrebatamento de felicidade, é fogo que arde no coração e incendeia a alma. Una pasion que provoca arrepios e sentimentos múltiplos. Mais. Ser Mengo é viver uma alegria libertária, espontânea, impulsiva, incontrolável. Alegria que não aceita patrulhamento, dogmas, paradigmas, ignóbeis panfletagens, cooptações ou qualquer tipo de aliciamento negativista. Antes de qualquer coisa, é um estado de espírito que não se articula. Até por que a alegria articulada associa-se à inesperada dor. Por isso, defendo a minha alegria flamenga e livre — a qual vez ou outra também me permite ficar triste e chorar — da mesma forma como o poeta uruguaio Mário Benedetti defendeu a sua: “Defender la alegria como um destino. Defenderla del fuego y de los bomberos, de los suicidas y los homicidas (...)”. Defender a alegria rubro-negra como âncora possível, como prenúncio de otimismo no sorriso de cada um de nós, homens, mulheres e crianças, seres flamengos legitimamente felizes além de qualquer resultado de uma partida de futebol. E para quem ainda não entendeu o que é ser Flamengo, relembraremos as geniais e sensitivas palavras justamente de um nobre e imortal tricolor pó-de-arroz chamado Arthur da Távola: Ser Flamengo é morder com vigor o pão da melhor paixão; é respirar fundo e não temer; é ter coração em compasso de multidão (...) / Ser Flamengo é enganar o guarda, é roubar o beijo. É comungar a humildade com o rei interno de cada um. É crer, é ser, é vibrar. É vencer. É correr para; jamais correr de. É seiva, é salva; é vastidão. É frente, é franco, é forte, é furacão. É flor que quebra o muro, mão que faz o trabalho, povo que faz país”.

Ser Flamengo, afinal, é entender essa alegria como ato apolítico, atemporal e ainda como algo irrepreensível, incensurável, indestrutível. Sentir o que é ser Flamengo, simplesmente, como um ato de intenso prazer. Eterno.

“Doce ou atroz, manso ou feroz...”, eu um poeta flamenguista e nada mais. Ou muito mais...


Luiz Hélio é Flamengo,poeta e jornalista.
Presidente da Embaixada FLA-Juazeiro/BA

segunda-feira, 29 de março de 2010

Mengo meu Dengo na Rádio


MENGO MEU DENGO NO RÁDIO

TRANSAMÉRICA FM 99,9
Maior cobertura e grandes novidades no programa 100% Rubro-Negro, agora na melhor FM do Vale do São Francisco. De volta neste sábado, 20 de março.
Novos quadros, mais irreverência, notícias do Mais Querido do Brasil e das Embaixadas da Nação, sorteios de brindes, participações ao vivo e muita música exaltando o Mengão.
A galera das Embaixadas e demais flamenguistas de outras cidades poderão continuar acompanhando pela web através do site www.portaltransamerica.com.br
Todo sábado, das 14 às 15 horas, na Transamérica FM 99,9
Mengo Meu Dengo no Rádio, paixão que arde sem parar!
Apresentação de Luiz Hélio numa produção da Embaixada FLA-Juazeiro/BA.